Ninguém venha me dar vida, que estou morrendo de amor, que estou feliz de morrer,
que não tenho mal nem dor, que estou de sonho ferido, que não me quero curar,
que estou deixando de ser, e não quero me encontrar, que estou dentro de um navio,
que sei que vai naufragar, já não falo e ainda sorrio, porque está perto de mim
o dono verde do mar que busquei desde o começo, e estava apenas no fim.
Corações, por que chorais?
Preparai meu arremesso para as algas e os corais.
Fim ditoso, hora feliz:
guardai meu amor sem preço,
que só quis quem não me quis.
Aqui onde a vida dobra a esquina, a gente se fala... e se refugia do desinteressante...
Porque tudo é uma questão de opção. Assim podemos ser cidadãos do mundo, carregando sóis gelados e luas coloridas. Podemos ter olhos para o bem estar alheio e estocar imensos pacotes de riso fresco. Não se iludir... mas fantasiar. Ser um sim dos momentos vagos, um enorme talvez das possibilidades. Enxergar tudo que gostamos e "passar batido" pelo que não apreciamos. Ser de empréstimo, de "por acaso", eternos olás de distribuição gratuíta ou pequenos adeuses restritos... Ser um moinho de vento. Até quem sabe, e por que não, o último biscoito do pacote?
16 de mai. de 2009
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