Aqui onde a vida dobra a esquina, a gente se fala... e se refugia do desinteressante...

Porque tudo é uma questão de opção. Assim podemos ser cidadãos do mundo, carregando sóis gelados e luas coloridas. Podemos ter olhos para o bem estar alheio e estocar imensos pacotes de riso fresco. Não se iludir... mas fantasiar. Ser um sim dos momentos vagos, um enorme talvez das possibilidades. Enxergar tudo que gostamos e "passar batido" pelo que não apreciamos. Ser de empréstimo, de "por acaso", eternos olás de distribuição gratuíta ou pequenos adeuses restritos... Ser um moinho de vento. Até quem sabe, e por que não, o último biscoito do pacote?

15 de mai. de 2009

EU E O FORRÓ


Estou fazendo aulas de forró, na Casa da Cultura, aos sábados de manhã. Quando comentei que estou adorando, os amigos estranharam: "Forró????". Foi aí que precisei explicar novamente minha fase de "um novo olhar"... Vamos combinar que forró é muiiiitttoooo bom mesmo. Não tem depressão, nem preguiça, nem mau humor. As músicas são sempre alto astral, o ambiente é sempre de gente sorridente, disposta e, veja só que interessante: estou dançando as músicas que sempre gostei muito nas vozes de cantores de que sempre fui fã - Alceu Valença, Elba Ramalho, Luiz Gonzaga, Clara Nunes... Afinal, quem não conhece o "xote das meninas", a "Feira de Mangaio" (forró arrasta-pé), ou mesmo os mais recentes (forró universitário) "Colo de Menina", "Mineirinho". Assim, são grandes cantores da MPB, músicas que sempre apreciei e aí que acabei dançando (e gostando muito disso). De quebra, ainda perco uns quilinhos que estão "atrasando" minha beleza. A dança é uma boa terapia, mas o forró é uma terapia completa. Molejo, sensualidade, alegria, calor humano, inserção. Tá certo que parece estranho pra alguém que curte musica clássica, canto gregoriano, tangos de Gardel, o romantismo de Nat King Cole. Só posso dizer que mudar um pouco é pra lá de inteligente, trás a necessária flexibilidade (tão importante atualmente), rejuvenesce e, por que não dizer, educa.