E amanhã teremos o Dia Internacional das Mulheres que, neste ano, calha estar situado na terça-feira de carnaval.
E que assim seja: que a festa pagã abrilhante ainda mais o dia que nos pertence oficialmente, porque, vamos combinar, todos os dias nos pertencem. Não existem sequer horas que não sejam nossas.
Registro o meu sincero elogio às mulheres todas, mas, particularmente, rendo minhas homenagens este ano às solitárias e fortes mulheres que ressurgem das cinzas de relacionamentos acabados, àquelas mulheres incansáveis e sobreviventes dos agitados mares da vida, às mulheres esculpidas na pedra bruta do caos que nos rodeia, às mulheres que exibem na pele as cicatrizes todas dos momentos conturbados da existência.
Que me representem neste dia, não as santas mulheres, não as princesas e rainhas deste mundo em construção.
Que me representem neste dia as perdidas Marias, as indomáveis Helenas, as intranquilas Joanas, as assustadas Iaras... Que se vistam de coragem, de fé, de anseios, de perdões...
Que me representem, enfim, as mulheres que vencem os dias, que esgotam as horas, que trituram os segundos no afã de tecerem histórias.
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