Aqui onde a vida dobra a esquina, a gente se fala... e se refugia do desinteressante...

Porque tudo é uma questão de opção. Assim podemos ser cidadãos do mundo, carregando sóis gelados e luas coloridas. Podemos ter olhos para o bem estar alheio e estocar imensos pacotes de riso fresco. Não se iludir... mas fantasiar. Ser um sim dos momentos vagos, um enorme talvez das possibilidades. Enxergar tudo que gostamos e "passar batido" pelo que não apreciamos. Ser de empréstimo, de "por acaso", eternos olás de distribuição gratuíta ou pequenos adeuses restritos... Ser um moinho de vento. Até quem sabe, e por que não, o último biscoito do pacote?

22 de mai. de 2009

VA PENSIERO

Opera de Verdi... Fantástica!!! Bravo!!! Fico aqui pensando no deleite que é ouvir... Olhando para a apresentação, penso em Pavarotti, em sua beleza, na pessoa que nunca mais poderei ver, penso em como é bom poder perpetuar sua voz, que não partiu com ele... Se eu o tivesse conhecido... De olhos fechados, sua voz soberba enche de graça o meu dia e sinto como se flutuasse... Não é necessário que se goste de ópera, basta observar o enlevo de uma platéia imensa para que se perceba esse dom mágico - o talento. De olhos fechados sinto como se, esticando minha mão pudesse tocar seu rosto, sinto sua voz abrançando-me e me sei amando essa criatura fantástica, naquele puro amor platonico que consolida o talento do astro através da admiração nata de sua platéia.